São quase 25 anos desde que lançou “Aos Vivos”, seu primeiro disco, e Chico César segue surpreendendo público e crítica a cada novo trabalho. “O Amor É um Ato Revolucionário” é seu nono álbum de inéditas, numa trajetória que inclui também discos ao vivo, DVDs, vinis e até livros, sendo um deles de poemas eróticos e outro um conto para crianças. Depois de ganhar no ano passado o Prêmio da Música Brasileira como melhor álbum pop com o disco “Estado de Poesia – Ao Vivo”, num momento que trouxe visível renovação de seu público, o artista traz “O Amor É um Ato Revolucionário”. O novo trabalho é um comentário robusto de suas vivências político-sociais, no convulsionado momento brasileiro dos últimos anos. Todas as 13 faixas de “O Amor É um Ato Revolucionário”, letra e música, são assinadas apenas por Chico César. Gravado entre abril e junho de 2019, nos estúdios Gargolândia (SP), Casa do Mato (RJ), Space Blues (SP) e Etéreo das Recordações de Chita (SP), o álbum tem produção de André Kbelo Sangiacomo e do próprio Chico César, que assina a direção com Helinho Medeiros, pianista de seu grupo. Exceções são as faixas “History” (produzida e arranjada por Márcio Arantes), “Pedrada” (produzida e arranjada por Eduardo Bid) e “Eu Quero Quebrar”, que (além da leitura de Chico e banda) ganhou uma versão bônus produzida por André Abujamra. O disco traz alguns convidados: a adolescente paraibana Agnes Nunes (com quem divide os vocais em “De Peito Aberto”), a jovem cantautora pernambucana Flaira Ferro (em “Cruviana”) e o guitarrista paulistano Luiz Carlini (na música “O Amor é um Ato Revolucionário”, com um longo improviso em que até cita seu mitológico solo na primeira gravação de “Ovelha Negra” com Rita Lee e Tutti Frutti). Ao falar sobre o disco, Chico afirma: “Muitas canções foram imediatamente publicadas nas redes sociais em formato voz e violão assim que compostas, é o primeiro registro delas”. Seguidores mais próximos certamente reconhecerão músicas como “History”, “Pedrada”, “Like”, “Eu Quero Quebrar”. No show ele toca guitarras e violão, acompanhado por Helinho Medeiros (teclados), Ana Karina Sebastião (baixo), Gledson Meira (bateria), Simone Sou (percussão), Sintia Piccin (sopros), Richard Fermino (sopros). Na apresentação do disco, o jornalista Zuza Homem de Mello escreve: “Eis agora a mais nova porção dessa obra, que cumpre o papel da música popular: guarda o propósito de refletir sua época. Não chega a ser uma facada. É uma pedrada, uma fotografia na lisura do preto e branco, a mesma que Sebastião Salgado prefere para suas imagens a fim de não acentuar cores que distraiam o foco pretendido. As músicas deste CD de Chico César se concentram como fotos realistas em preto-e-branco dos tempos em que vivemos, sem elementos que possam abstrair a intenção da mensagem. A universalidade da obra de Chico César se dá em todos os sentidos, da variedade rítmica à abordagem temática. Pode-se pois afirmar que, sem jamais renegar sua origem paraibana, ele não é cantor regional mas, sim, universal. Sua meta é interpelar”.
Serviço:
Chico César no SESC Pinheiros
Lançamento do álbum O Amor É Um Ato Revolucionário
Dias 19 e 20/9
21h
Ingressos: de R$ 12 a R$ 40
Disponíveis apenas nas bilheterias físicas das unidades do SESC em São Paulo – cota online esgotada
Mais informações no evento do Facebook