“a possibilidade de popularizar canções que antes estavam restritas ao circuito underground de são paulo. festejar a dança e a banda. o texto e o remelexo. a paciência do mazzola (produtor do disco e ‘dono’ da mza, o selo) e a cumplicidade de marcos mainard (então presidente da polygram, a gravadora) foram fundamentais. de outro modo seria impossível incluir canções como ‘anjo da vanguarda’ e ‘mpb’s ‘ ; e ter de novo o lanny e a participação de bakhiti kumalo, o baixista africano. o coro de amigos em ‘folia de príncipe’ aponta o caminho que seria percorrido nos dias que viriam. o êxito de ‘mama áfrica’ e ‘à primeira vista’ está associado a meu nome e creio que traduz as principais vertentes do trabalho.”
o que se falou
“…o paraibano chico césar promove uma salada de estilos em cuscuz clã. O resultado é uma argamassa consistente, onde os componentes poesia e ritmo (nesta ordem, inversa à do rap) arremessam o paraibano para o primeiro time dos autores nacionais, fato já reconhecido pelo faro fino de cantoras do porte de maria bethânia, zizi possi, daniela mercury, elba ramalho…”
tarik de souza – jornal do brasil (rio de janeiro) – 30/05/96