Parceria entre Rocinante e três selos lança nova edição de Aos Vivos em vinil

Chico César - Aos Vivos (vinil)


“Geleia Geral são os anos 90, que estão juntando tudo e todos, como a Tropicália no fim da década de 60”, declarava Chico César à revista Bizz, em 1996, em um momento de lucidez nada comum àqueles que estão no olho do furacão. Naquela altura, com apenas dois discos na bagagem, o cantor e compositor paraibano já era titular na seleção da música brasileira. A fila de cantoras gravando suas composições era grande: Maria Bethânia, Zizi Possi, Daniela Mercury e Elba Ramalho, entre outras.

Foi a amizade e a parceria de Chico César com o músico e produtor Egídio Conde que começou a tornar realidade a realização de um sonho: gravar um disco. Naquela altura Egídio possuía um estúdio móvel de gravação, o Audiomobile, que operava de dentro de uma Kombi adaptada. Veterano no cenário, ele havia sido guitarrista de bandas emblemáticas do rock progressivo paulistano dos anos 70, como Moto Perpétuo (a banda que revelou Guilherme Arantes) e Som Nosso de Cada Dia. Foi Egídio que convenceu Chico de que seria uma boa ideia registrar as suas apresentações na sala Guiomar Novaes, da Funarte, em três noites geladas de inverno: 24, 25 e 26 de junho de 1994.

As gravações se transformaram no CD Aos Vivos, lançado originalmente em 1995, contendo os hits “Mama África” e “A Primeira Vista”, ambas em versões espontâneas e intimistas. O que vem em seguida é um artista jovem completamente à vontade no palco, confiante em expor feridas e conquistas, seja em material autoral ou em parcerias com Itamar Assumpção (“Dúvida Cruel”), Tatá Fernandes e Milton de Biasi (“Templo”), ou até mesmo interpretando canções, de André Abujamra e seu Karnak (“Alma Não Tem Cor”) a Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (“Paraíba”). Destaque também para as participações especiais de Lenine e Lanny Gordin.

Aos Vivos é um dos grandes álbuns de estreia dos anos 90 e contempla a música e o olhar de Chico César, o paraibano que vê tons tão sudestes nesse balé, belo e infame.

A reedição Rocinante/Três Selos tem encarte com texto do jornalista e escritor Bento Araujo.

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EM NOVA EDIÇÃO ROCINANTE/TRÊS SELOS

– LP fumê 180g
– Capa empastada
– Envelope impresso com fotos, letras e texto de Bento Araujo

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Tracklist

LADO A

A1. Béradêro [Chico César] 3:03
A2. Mama África [Chico César] 3:35
A3. A Primeira Vista [Chico César] 3:37
A4. Tambores [Chico César] 2:53
A5. Alma Não Tem Cor [André Abujamra] 4:16
A6. Dúvida Cruel [Chico César / Itamar Assumpção] 3:00
A7. A Prosa Impúrpura do Caicó [Chico César] 2:45

LADO B

B1. Saharienne [Chico César] 3:28
B2. Benazir [Chico César] 3:05
B3. Mulher Eu Sei [Chico César] 3:06
B4. Clandestino [Chico César] 2:47
B5. Templo [Chico César / Tatá Fernandes / Milton de Biasi] 3:39
B6. Paraíba [Humberto Teixeira / Luiz Gonzaga] 3:55
B7. Dança [Chico César] 4:08

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